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domingo, 14 de novembro de 2010

UM MESTRE DAS REFLEXÕES

Ele é o que chamo de multiprofissional:
Amaro França, garimpeiro de pérolas!

Ele é, de fato, muitos em um só: gestor educacional, com formação em Pedagogia (pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte), formação em Ciências Religiosas (pela PUC do Paraná), Gestão Acadêmica (pela Faculdade Pedro Leopoldo, de Minas Gerais), além de ser psicopedagogo e, já há algum tempo, escritor. E dos bons! Interlocuções – Reflexões Sobre a Vida, seu livro-chefe – digamos assim – constrói algo de novo e de salutar em nossa mente, aproxima-nos um tanto de Deus.
Bom, mas para falar disso melhor do que eu, nesta ENTREVISTA ESPECIAL, está ele, um poderoso formador de opinião: AMARO FRANÇA. Curta esta aula apinhada de pérolas de sapiência!

O Interlocuções – Reflexões Sobre a Vida possui um cunho existencial, sobre todo o sentido da vida. Qual o sentido desta, portanto, em sua opinião?
Acredito que somos chamados pela existência a uma dimensão profunda de ir construindo a nossa própria felicidade. O sentido da vida está na auto-realização pessoal, mas também no serviço ao outro. Estar no viver a vida com sentido e isso significa “amar e sentir-se amado”. Segundo a minha concepção, que inclusive abordo no livro “Interlocuções”, implica a integração da pessoa nessa relação – o estar bem consigo, com o outro, com o cosmos e com Deus.

De forma sucinta, qual é o mistério de comunhão de vida no momento da relação autor/leitor, do qual o senhor fala no livro?
Entre o autor e o leitor há um momento “mágico”, “místico” de verdadeira comunhão de vida, pois a palavra, o escrito, tem marcas e construções da vida (do autor) que através dessa, toca, provoca, faz pensar e promove mudança na vida do leitor. Afirmo que essa relação tem vida própria e cada relação é única. Daí o sentido da Interlocução, “esse é um território comum do locutor e do interlocutor”, como afirma Mikhail Bakhtin.

Amor, natureza, espiritualidade, sentido existencial! Desses temas, o que mais o estimula a escrever é...?
Nós fomos formados numa concepção de educação ou de conceito muito cartesiano, onde praticamente tudo era concebido de forma hermética e linear. Hoje, pessoalmente, tenho uma concepção diferente de vida. A cada dia descubro que estamos interligados, onde tudo e o todo fazem parte de mim e, ao mesmo tempo, sou partícipe e integrante dessa dimensão. Daí, acredito que as dimensões existenciais citadas em sua pergunta, como amor, natureza, espiritualidade, etc. estão profundamente interligadas e quando trato de um aspecto, estou tratando também do outro. Por isso, sinto-me profundamente motivado a escrever sobre essas dimensões que compõem a vida.

A menina e a Estrela é seu novo livro. O que, realmente, podemos esperar deste paradidático?
“A Menina e a Estrela” surge como fruto de feedback de vários leitores, especialmente, das leitoras professoras do Ensino Fundamental I, quando da leitura das Interlocuções. Essas pessoas gostaram muito de um conto que escrevi e viram neste um potencial para uma reescrita numa linguagem apropriada para as crianças. O livro “A Menina e a Estrela” está voltado para o público infantil e tem sua essência na questão da Ética (tão fundamental em nossos dias) – narra a história de uma “frágil” garota que enfrenta muitos desafios na vida. No entanto, iluminada por uma Estrela, ela continua firme, fiel à bondade, ao amor e ao zelo pela missão de cuidar do Templo (lugar sagrado). É bem provável que, se também nós (eu e você) nos deixarmos iluminar pela mesma “Estrela” que iluminou a Menina, seremos pessoas melhores, cuidaremos melhor do nosso “Templo” – o nosso “Eu” e do Planeta Terra – o nosso “Templo Maior.” – Então, o que nós estamos esperando...?!

Bate-bola! Personalidade?
Amigo.

Celebridade?
Jesus Cristo.

Música!
“Tocando em frente”, de Renato Teixeira e Almir Sater.

Cantor(a)?
Roberto Carlos.

Filme preferido!
“A lista de Schindler”.

Ator e/ou atriz?
Tony Ramos.

Programa(s) de TV?
Noticiários, entrevistas e uma ou outra novela.

Prato preferido?
Massas.

Filosofia de vida!
“A vida nos dá o que nós damos à vida!”

Frase inesquecível!
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida!” (Jesus Cristo)

Educar significa...?
“Antes de tudo amar, promover a vida em todos os sentidos.”

Ser escritor é...?
Poder partilhar com as pessoas um pouco da minha essência e dos meus sonhos, proporcionando, a cada um dos leitores, alternativas/caminhos de felicidade .

Uma mensagem ao planeta!
“Gratidão a Deus por tudo! E o desejo nosso do saber cuidar da vida!”

Em PE, você poderá encontrar o livro Interlocuções – Reflexões Sobre a Vida nas grandes livrarias: Cultura, Jaqueira, Vozes, Paulinas, Poty, entre outras.
E através dos sites



Livraria Cultura:
www.livrariacultura.com.br

Blog:
www.amarofranca.blogspot.com ou

E-mail: amaro-franca@uol.com.br



Fotos: ARQUIVO PESSOAL PROFESSOR AMARO FRANÇA.


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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DRAMATURGO, SIM SENHOR!

Atuar, escrever e dirigir! Ele faz tudo isso
divinamente, porque faz com o coração.

Trata-se de CLAUDIO SIMÕES, autor de O Indignado, um bom baiano que acaba de completar 20 anos de dramaturgia!
A trilogia Shirley, composta pela peças Simplesmente Shirley, Totalmente Shirley e Finalmente Shirley, são suas primeiras peças, as quais, finalmente, ele monta profissionalmente. Em cartaz todas as quintas deste mês de novembro no Teatro Módulo (Salvador), em dois horários: 19 e 21 horas.
Autor de um sucesso teatral atrás do outro, Claudio abriu o jogo para O Rebate sobre esses 20 anos, a profissão e a vida. Show de bola!

Nesses seus 20 anos de atuação como dramaturgo, qual dos seus textos lhe deu mais prazer em criar, escrever?
É difícil dizer o que deu mais prazer. Porque, com cada um, foi um prazer diferente. Antigamente, eu me divertia muito ao escrever uma comédia. Quando escrevi “Quem matou Maria Helena?”, eu ria muito enquanto escrevia. Eu me lembro de gargalhar pelo apartamento, pensando nos textos dessa peça. Mas foi delicioso quando escrevi uma cena romântica pra “Como Raul já dizia”, e terminei a cena aos prantos. Já recentemente, escrever “Caso sério”, num processo improvisacional com Margareth Boury, foi delicioso.


E o que lhe deu mais prazer em ver montado? Todos os que estrearam?
Não é sempre que eu fico plenamente satisfeito com uma montagem de um texto meu. Mas amei a direção de Deolindo Checcucci em “Natal na feira”, um auto de Natal que fiz em 97, e a direção de Celso Jr. para “Maria Helena” e “Jingobel”. Dos que eu dirigi, “Caso sério”.

Quanto à trilogia das Shirleys! Como está encarando esta montagem destes seus primeiros textos teatrais?
Na verdade, esta é a primeira montagem profissional deles, mas já houve várias montagens amadoras, como resultado de cursos de teatro, leituras dramáticas, etc., desde que as escrevi, em 1990/91. Muita gente bacana, que se firmou no teatro baiano, passou pelas Shirleys. A trilogia virou um texto cult por conta dessas montagens.

Completar 20 anos como dramaturgo, ainda jovem, isto significa...?
Tenho 42, não sou mais jovem! (Risos gostosos.) Mas completar 20 anos significa que, de alguma forma, foi uma decisão acertada começar a escrever. E é interessante perceber que, depois de 20 anos, ainda há muita estrada pra se trilhar. Tenho tido a impressão, nos últimos tempos, que minha escrita está prestes a mudar pra outra direção.

E o Teatro baiano, como você o define?
É uma força que cresceu nas últimas décadas e que, ao meu ver, pode ser a chave pra se ter uma nova representação mais urbana e contemporânea da Bahia.

Bate-bola! Filme favorito!
Antigamente, eu dizia, sem titubear, “Eu sei que vou te amar”, de Jabor. Mas agora, eu acho que meu preferido é mesmo “A malvada” (All about Eve), de Joseph L. Mankiewicz, com Bette Davis.

Ator e atriz?
Tony Ramos, Fernanda Torres.

Livro de cabeceira?
“Livro das Bem-Aventuranças e do Pai Nosso”, de Jean-Yves Leloup.

E melhor autor literário?
Caio Fernando Abreu.

Música e cantor(a) favoritos?
Tenho mais de 3.000 CDs, não dá pra escolher uma música só. Mas esse ano fiquei meses viciado em todas as canções do álbum “Hard candy” de Madonna, e, nos últimos meses, nas do álbum “Encanteria”, de Bethânia.

Comida predileta!
Frutas. Adoro manga.

Seu hobby?
Jogos. Tudo que tiver cartas, dados, perguntas e respostas, eu curto.

Uma mania!
Lavar as mão depois de pegar, mesmo que rapidamente, em comida.

Um sonho! Tem?
Muitos.

Atuar, escrever ou dirigir? Por quê?
Atuar. Não dói tanto quanto as outras duas coisas. Mas estou numa fase super-diretor.

A melhor e a pior invenção do mundo!
Internet. É a melhor e a pior.

Mensagem aos fãs do Claudio Simões!
Não façam nada sem prazer.

Quem é você?
Sou um homem de teatro. Sou um artista buscando deixar gravado no mundo meus jeitos de ver a arte e a vida.


’CLAUDIO SIMÕES - 20 ANOS DE TEATRO BAIANO’!
O projeto visa a registrar, analisar e recuperar a memória dos 20 anos de dramaturgia completados pelo autor baiano Claudio Simões no ano de 2010.”


Fotos: ARQUIVO PESSOAL CS.
Por: BERNARDO BEZERRA.


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