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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DRAMATURGO, SIM SENHOR!

Atuar, escrever e dirigir! Ele faz tudo isso
divinamente, porque faz com o coração.

Trata-se de CLAUDIO SIMÕES, autor de O Indignado, um bom baiano que acaba de completar 20 anos de dramaturgia!
A trilogia Shirley, composta pela peças Simplesmente Shirley, Totalmente Shirley e Finalmente Shirley, são suas primeiras peças, as quais, finalmente, ele monta profissionalmente. Em cartaz todas as quintas deste mês de novembro no Teatro Módulo (Salvador), em dois horários: 19 e 21 horas.
Autor de um sucesso teatral atrás do outro, Claudio abriu o jogo para O Rebate sobre esses 20 anos, a profissão e a vida. Show de bola!

Nesses seus 20 anos de atuação como dramaturgo, qual dos seus textos lhe deu mais prazer em criar, escrever?
É difícil dizer o que deu mais prazer. Porque, com cada um, foi um prazer diferente. Antigamente, eu me divertia muito ao escrever uma comédia. Quando escrevi “Quem matou Maria Helena?”, eu ria muito enquanto escrevia. Eu me lembro de gargalhar pelo apartamento, pensando nos textos dessa peça. Mas foi delicioso quando escrevi uma cena romântica pra “Como Raul já dizia”, e terminei a cena aos prantos. Já recentemente, escrever “Caso sério”, num processo improvisacional com Margareth Boury, foi delicioso.


E o que lhe deu mais prazer em ver montado? Todos os que estrearam?
Não é sempre que eu fico plenamente satisfeito com uma montagem de um texto meu. Mas amei a direção de Deolindo Checcucci em “Natal na feira”, um auto de Natal que fiz em 97, e a direção de Celso Jr. para “Maria Helena” e “Jingobel”. Dos que eu dirigi, “Caso sério”.

Quanto à trilogia das Shirleys! Como está encarando esta montagem destes seus primeiros textos teatrais?
Na verdade, esta é a primeira montagem profissional deles, mas já houve várias montagens amadoras, como resultado de cursos de teatro, leituras dramáticas, etc., desde que as escrevi, em 1990/91. Muita gente bacana, que se firmou no teatro baiano, passou pelas Shirleys. A trilogia virou um texto cult por conta dessas montagens.

Completar 20 anos como dramaturgo, ainda jovem, isto significa...?
Tenho 42, não sou mais jovem! (Risos gostosos.) Mas completar 20 anos significa que, de alguma forma, foi uma decisão acertada começar a escrever. E é interessante perceber que, depois de 20 anos, ainda há muita estrada pra se trilhar. Tenho tido a impressão, nos últimos tempos, que minha escrita está prestes a mudar pra outra direção.

E o Teatro baiano, como você o define?
É uma força que cresceu nas últimas décadas e que, ao meu ver, pode ser a chave pra se ter uma nova representação mais urbana e contemporânea da Bahia.

Bate-bola! Filme favorito!
Antigamente, eu dizia, sem titubear, “Eu sei que vou te amar”, de Jabor. Mas agora, eu acho que meu preferido é mesmo “A malvada” (All about Eve), de Joseph L. Mankiewicz, com Bette Davis.

Ator e atriz?
Tony Ramos, Fernanda Torres.

Livro de cabeceira?
“Livro das Bem-Aventuranças e do Pai Nosso”, de Jean-Yves Leloup.

E melhor autor literário?
Caio Fernando Abreu.

Música e cantor(a) favoritos?
Tenho mais de 3.000 CDs, não dá pra escolher uma música só. Mas esse ano fiquei meses viciado em todas as canções do álbum “Hard candy” de Madonna, e, nos últimos meses, nas do álbum “Encanteria”, de Bethânia.

Comida predileta!
Frutas. Adoro manga.

Seu hobby?
Jogos. Tudo que tiver cartas, dados, perguntas e respostas, eu curto.

Uma mania!
Lavar as mão depois de pegar, mesmo que rapidamente, em comida.

Um sonho! Tem?
Muitos.

Atuar, escrever ou dirigir? Por quê?
Atuar. Não dói tanto quanto as outras duas coisas. Mas estou numa fase super-diretor.

A melhor e a pior invenção do mundo!
Internet. É a melhor e a pior.

Mensagem aos fãs do Claudio Simões!
Não façam nada sem prazer.

Quem é você?
Sou um homem de teatro. Sou um artista buscando deixar gravado no mundo meus jeitos de ver a arte e a vida.


’CLAUDIO SIMÕES - 20 ANOS DE TEATRO BAIANO’!
O projeto visa a registrar, analisar e recuperar a memória dos 20 anos de dramaturgia completados pelo autor baiano Claudio Simões no ano de 2010.”


Fotos: ARQUIVO PESSOAL CS.
Por: BERNARDO BEZERRA.


(Clique nas imagens para ampliá-las.)

2 Comentários:

  • ALÉM DE TUDO UM ÓTIMO PROFESSOR...AS PALAVRAS E OS EXEMPLOS PRÁTICOS FLUEM. É PRESENTE, LEVE E TRANQUILO NAS SUAS CONDUÇÕES. CAMINHOU COM TRANQUILIDADE PELA HISTÓRIA DA DRAMATURGIA, NOS FEZ VER OS CENÁRIOS, AS PERSONAGENS, OS ENREDOS...O DRAMATURGO NOS SEUS CONTEXTOS. FOI LEGITIMO, PROPÔS CAMINHOS, PRINCÍPIOS...MUITO BEM MUITO BOM.
    ASSIM É QUE SE FAZ.
    HEITOR ROCHA GOMES
    PEDAGOGO
    ESPECIALISTA EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
    EDUCADOR SOCIAL E ARTISTA AMADOR

    Por Blogger HROCHAFOTOGRAFIA, às 1 de junho de 2012 às 09:17  

  • ALÉM DE TUDO UM ÓTIMO PROFESSOR...AS PALAVRAS E OS EXEMPLOS PRÁTICOS FLUEM. É PRESENTE, LEVE E TRANQUILO NAS SUAS CONDUÇÕES. CAMINHOU COM TRANQUILIDADE PELA HISTÓRIA DA DRAMATURGIA, NOS FEZ VER OS CENÁRIOS, AS PERSONAGENS, OS ENREDOS...O DRAMATURGO NOS SEUS CONTEXTOS. FOI LEGITIMO, PROPÔS CAMINHOS, PRINCÍPIOS...MUITO BEM MUITO BOM.
    ASSIM É QUE SE FAZ.
    HEITOR ROCHA GOMES
    PEDAGOGO
    ESPECIALISTA EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
    EDUCADOR SOCIAL E ARTISTA AMADOR

    Por Blogger HROCHAFOTOGRAFIA, às 1 de junho de 2012 às 09:17  

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