DA GERAÇÃO TALENTO

Para ele,

ousar é sempre preciso

Mui determinado, MARCIO SAM vive mais um momento de satisfação em sua carreira: com a atriz THAÍS INÁCIO, amiga com quem tem uma química perfeita na hora de interpretar, roteirizou e atuou em mais um curta-metragem, intitulado No meio da poeira de dentro de mim. 
Livremente inspirado no conto Pequenas epifanias, de Caio Fernando Abreu, o curta está sendo finalizado, e sobre a descoberta da obra, Marcio nos conta: “A Thaís me apresentou o conto e me encantei de cara com o mesmo, pois, misteriosamente, ele falava justamente no que pensávamos no momento. O trabalho, por ironia da vida, ficou adormecido por um tempo, mas retiramos do baú o roteiro que havíamos feito a partir da história; lemos, relemos e, depois de mostrá-lo a um diretor amigo da Thaís, percebemos que teríamos de refazê-lo. Foi o que aconteceu.”
Bom, aos cinéfilos resta aguardarem a estreia do curta, e aos nossos leitores vai um novo presente: Marcio – da nova geração talento de atores – em mais uma ESPECIAL ENTREVISTA onde a admiração do ator por WOLF MAYA e umas revelações leves, porém interessantes são os assuntos. Ei-la:

Quero iniciar pedindo a você que sacie uma curiosidade minha, sobre um profissional que muitos admiram bastante e creio que você também: nosso querido Wolf Maya. Como é trabalhar com este grande diretor, coisa que ocorreu em Duas caras?
Wolf é uma personalidade que sempre admirei, um Artista premiado e incansável. Ter tido a oportunidade de ser selecionado por um artista de estrela maior é, pra mim, motivo de grande orgulho. Em “Duas caras”, trabalhei mais indiretamente com o Wolf, mas foi o bastante pra ter a certeza da qualidade de seu trabalho, sempre focado buscando os detalhes de cada cena. Na vida, temos o que merecemos, e ele, sem dúvida, merece todo o sucesso profissional que tem. Resumindo: quero ser igual a ele quando crescer. (Risos gostosos.)

Que tipo de personagem que ainda não fez, gostaria de fazer?
Não tenho um tipo específico, gosto de fazer os complexos, que me façam aprofundar em mim e no outro. Personagens com os quais o espectador se identifique e, por meio deles, possa refletir sobre o que é a vida, e que, de alguma forma, se deparem com outro ponto de vista que não o seu. É utópico, mas me sinto mais feliz se existe a possibilidade de o outro se modificar a partir desse novo olhar.

Se não fosse ator, seria...?
Essa é uma pergunta que me faço sempre, mas nunca consegui responder... (Risos.)

Você se considera um homem sensual?
Quando quero, sim. (Risos.)

Qual a maior e qual a pior invenção do homem?
A maior são os meios de comunicação; a pior, as bombas nucleares.

Um destino turístico?
Paris ou Recife.

Um filme inesquecível!
“Anjos do sol”, com Antônio Calloni, Chico Diaz e Vera Holtz. Direção e roteiro de Rudi Lagemann.

Melhor novela a que já assistiu?
“Laços de família”, de Manoel Carlos.

Ator e atriz!
Marco Nanini e Laura Cardoso.

Cantor(a) e melhor música!
Em relação a música, sou muito eclético, escuto de tudo. Mas tenho uma música que amo: “Sorri”, composição de Charles Chaplin, G.Parson e J. Turner, que Djavan canta divinamente.

Autores de novela?
Manoel Carlos, Aguinaldo Silva e Miguel Falabella.

Sonho de consumo?
Viajar pelo mundo.

A palavra mais bonita da língua portuguesa?
Solidariedade.

E a mais feia?
Inveja.

Comida preferida!
Massas.

Livro de cabeceira?
Bíblia.

Um (a) escritor (a)?
Clarice Lispector.

Arte, para você, é...?
Necessária para a vida. É algo que completa nossa existência aqui, nos leva a lugares fantásticos, onde, de fato, nós podemos ser livres.

O que o Marcio Sam diria aos admiradores do seu trabalho, como este colunista que lhe fala?
Gostaria de agradecer profundamente às pessoas que acreditam no meu trabalho, que sonham comigo e que estão sempre me dando força pra que eu siga em frente. Essa vida é feita de parcerias, e que bom que tenho pessoas iluminadas em meu caminho.

E, enfim... uma mensagem que o nosso mundo precisa ouvir.
O mundo está cada vez mais veloz, as pessoas já não têm tempo pras outras. Cada dia mais estamos nos fechando em nós mesmos. E, com isso, vem a solidão, uma prisão. Mas mais vale abrir a janela, deixar o sol entrar, olhar com um olhar de amor pro mundo, pras pessoas, pois estamos aqui no mundo conectados. Vamos deixar nossa marca; menos egoísmo, mais solidariedade. Menos ódio e mais amor, pois o amor é o caminho da libertação.


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Outros textos meus, no Caderno R Mulher:
http://www.cadernor.com.br/mulher/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=44&Itemid=192