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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ELE: TEATRO E VIDA

É o que ALEXANDRE CONTINI, de fato, 
representa 
no mundo artístico

Responsabilíssimo, ele está em cartaz no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, às 19:30, a partir deste 9 de agosto, com a peça Escravas do amor, com Juliana Baroni e Sérgio Marone — que fica de quinta a domingo, numa curta temporada. A partir de 30 deste mesmo mês, e na mesma Casa, você poderá vê-lo em O casamento, ao lado de Guta Stresser e da Companhia Os Fodidos e Privilegiados.
Ambos os textos são do Mestre Nelson Rodrigues, mas nossa nova e ESPECIAL ENTREVISTA, de dias antes da estreia de Escravas do amor (foto abaixo), é com este ator, diretor e produtor teatral de Garra. E Vida.

IZAN SANT - Você está numa correria daquelas, respirando teatro. O que ele significa para você?
ALEXANDRE CONTINI - Ah, o teatro, hoje, ele... é, representa a minha vida, né?... Tudo o que acontece nela gira em torno dele... do teatro. Eu conheci nele, no teatro, a Adriana (Birolli), as pessoas com quem trabalho... Vivo disso o dia inteiro, pensando nas próximas peças que vou fazer já pro ano que vem, trabalhando nas que tenho que fazer agora, decorando textos pra estrear agora em agosto, dirigindo também “Tim Maia”, lá em São Paulo... Tem bastante coisa boa neste ano. Vivo de teatro, só fiz um curta-metragem no meio de cinco peças, que fiz neste ano.

IS - O que essas peças do Nelson simbolizam na sua trajetória? Você está dirigindo e também atuando em duas delas. E aí?
AC - Então, eu tô fazendo “Escravas do amor” (foto ao lado) e “O casamento”, que são duas remontagens da Cia ”Os Fodidos e Privilegiados” e a direção, ela é do João Fonseca. Nessas duas remontagens, por causa do remanejamento de elenco, acabei entrando pra fazer. E é meu terceiro Nelson Rodrigues, né? Eu já fiz “Toda nudez será castigada”, em 2006, ou 2005, até fiquei na dúvida agora... Mas a fiz em São Paulo, então essa é uma linguagem que já conheço, que adoro, e acho que é uma das linguagens que eu faço melhor. Eu sou completamente apaixonado pelo trabalho do Nelson, apaixonado pelas frases de efeito... Realmente, eu concordo com muita coisa que o mundo condena, ali. É uma loucura, e é divertidíssimo, porque, numa peça, faço o noivo da Guta Stresser, mas não a beijo na boca; na outra peça, faço o noivo da Juliana Baroni, e também não a beijo na boca, então sou um noivo que não beija em duas peças! (Risos gostosos.)

IS - Outros planos, além das peças?
AC - Agora, vou começar a dirigir uma peça, que se chama “Casório”. A gente estreia em outubro, é no Circuito SESC, no Sul do país; pra depois, em novembro, vir aqui pro Rio de Janeiro. É uma peça que fala de quatro noivas em crise, na sacristia, antes de entrar na nave da igreja, pro casamento. É uma delícia, vou ter quatro mulheres vestidas de noiva, enlouquecidas... Teremos um pianista, o Frederico Demarca, que vai ajudar a contar a nossa história com a música, e conflitos, relacionamento... Uma loucura eu estar convivendo com quatro mulheres quase diariamente, sabe? (Foto acima, Cyrano de Bergerac.)

IS - Qual é o sentido para a vida?
AC - É amor. Eu acho que a gente não faz nada na vida sem ele, o amor... A gente não vai conseguir trabalhar se a gente não amar o que faz; não consegue conviver com as pessoas se não as ama... Acho que o mais importante pra seguir feliz, pra seguir compartilhando, trocando, é amar. Amar a gente mesmo, amar o que a gente faz.

IS - Um conceito do Alexandre Contini sobre ele mesmo, atualmente.
AC - Maluco... (Risos.) Eu sou completamente doido, sou completamente cheio de coisas pra fazer, sou focado muito no trabalho. Mas acho que o momento agora é um misto de poder manter o adolescente que há em mim com o Alexandre que... tá crescendo e amadurecendo... né? Você me conheceu cinco anos atrás: eu era, ali, um adolescente chegando no mundo; hoje em dia, um homem trabalhando, cheio de projetos pra fazer, de responsabilidades... porque não é fácil, também, fazer arte neste país. Não tô reclamando, não, mas a gente sabe que tem um caminho árduo pra conseguir o patrocínio, pra fechar o seu elenco, o ideal. Mas, de qualquer forma, é sempre gostoso! (Foto: bastidores do filme Ópio, ainda não lançado.)

IS - Um pensamento sábio do momento!
AC - Ai, você agora, olha... me pegou!... Bom, eu vou falar uma... é uma frase do Tim Maia. É, realmente, sábia... E ela pode não vir a preencher os requisitos morais do... do que for, mas é uma frase muito sábia. Que diz que a gente tem que se virar com o que a gente tem, porque, em terra de saci, uma calça dá pra dois. (Foto, O casamento.)

IS - Mensagem aos que admiram o seu trabalho!
AC - Que entendam a força do teatro, o quanto a carpintaria do teatro, ela pode mudar tanto a vida de quem faz teatro quanto a de quem vai assistir a ele. Em qualquer história que você faça, a sua intenção é ver o seu público satisfeito. É óbvio que nós temos diretores que... que transgridem, chocam o seu público, mas tudo é voltado pra plateia, então tudo isso que eu faço... Não vou ser demagogo e falar que não penso em ganhar dinheiro, é lógico que penso, mas todo esse trabalho que tenho é, realmente, pra plateia. Quando a gente decide ser ator, quando é criança e fala “Pô, quero ser ator”, não tá pensando se vai ser rico, o que é que vai ser; tá pensando em ver aquela senhora rindo na terceira fila, te esperando... Então, continuem indo me ver, continuem me dando esse gosto de ter a casa sempre cheia. Graças a Deus, em dois anos de teatro, a gente fez um sucesso atrás do outro... É isso!


FLASH DE ENTREVISTA COM CONTINI:


Fotos de Escravas do amor e
de Cyrano de Bergerac: CARLA DE CONTI.
Fotos da entrevista: MARA RAMOS RANGEL.


(Clique nas imagens, para ampliá-las)



Site de Suzan amor:
http://suzanamor.blogspot.com/

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