.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

NASCIDA PARA O CINEMA

Esta belíssima loura é ROSARIO BOYER, a cineasta e mentora do longa-metragem 10 Os Tubarões de Copacabana. Um de seus filmes obras de arte.
E é com esta diretora (amiga e colega de trabalho dos atores Alcione Mazzeo, Raul Gazolla e Ricardo Macchi) esta ESPECIAL ENTREVISTA.
E que chovam aplausos, mas em tempestade, pois Rosario, com as suas palavras de se tirar o chapéu, os merece. Você vai concordar, sem tirar nem pôr! Confira...
.
IZAN - Roteirista, diretora e produtora! Qual destas atividades lhe dá mais prazer?
ROSARIO - Diretora, sem dúvida. Escrever roteiros e produzir são somente meios para desenvolver essa atividade.
.
I - Por que a predileção pelo cinema?
R - Porque acho que é a expressão artística mais completa. A soma de todas as formas de arte.
.
I - Qual dos seus trabalhos exigiu mais de você e qual deles mais a deixou feliz?
R - O filme mais difícil de realizar foi “Velório em Família” o 1º. filme Brasileiro Dogma 95, o qual eu dirigi junto com o Edgar Romano, já falecido. Os 10 mandamentos do Dogma impõem limites à produção, como, por exemplo, não  usar luz artificial, música, efeitos de computação, etc. A câmera tem que estar sempre na mão e não pode ter elementos cenográficos, ou seja, que a ação tem que ser filmada no próprio local onde se desenvolve. Como a maior parte da história acontecia durante um velório, tivemos que filmar durante quatro dias e  noites no cemitério Jardim da Saudade, que continuava aberto, ou seja, que convivíamos com  velórios e enterros de verdade. Por sorte, não tinha nenhuma pessoa supersticiosa no elenco. “Os Tubarões de Copacabana” também foi complicado, porque  no roteiro tem muitas cenas de praia, que dependem de permissões especiais, solicitadas com 10 dias de antecedência. Muitas vezes aconteceu que, quando chegou a data, choveu e tivemos que começar tudo de novo. A Rio Film Commission ajudou bastante com essas tramitações. Ambos os filmes me deixaram feliz por motivos diferentes. “Velório em Família”, por ser o 1º Dogma 95 brasileiro, chamou poderosamente  a atenção da mídia, e “Os Tubarões de Copacabana” porque considero que seja meu melhor trabalho.
.
I - Os Tubarões de Copacabana, sem estar finalizado, foi exibido para a comissão do Festival Internacional de Cuba, sendo bem elogiado. O que representou isso para você?
R - Foi a prova de que estávamos no caminho certo e ficamos muito empolgados. No meu caso, como eu mesma escrevo o roteiro, dirijo as filmagens e faço uma edição inicial, é muito difícil manter distância para ver as coisas com a perspectiva adequada. Eu gostaria de fazer uma lavagem cerebral para poder ver o filme com a mesma pureza e ingenuidade do espectador que assiste pela primeira vez, para ter uma avaliação imparcial. Já que isso não é possível, é muito importante a opinião dos profissionais do ramo.
.

I - Fale-nos um pouco sobre a sua tão querida Internacional Produções.

R - Na faculdade de cinema Estácio de Sá, tive aulas com profissionais de destacada atuação no mercado cinematográfico. Foi com eles que soube que se queria dirigir filmes, teria também que ser produtora e roteirista. Nasce assim, em 2001, a Internacional Produções de Cinema e Vídeos Ltda.

I - Que você é uma profissional premiada, o público já sabe. Agora, ele quer saber: como pessoa, qual a definição sobre você mesma?
R - Eu sou muito teimosa e não desisto com facilidade.

I - Bate-bola! Melhor filme?
R - “O Segredo dos seus olhos”..

I - Melhor novela a que já assistiu!
R - “A Favorita”, pelas constantes mudanças no roteiro.

I - Programa(s) de TV!
R - Os filmes dos canais Telecine.

I - Ator e/ou atriz preferido(a)?
R - Dos nacionais, Fernanda Montenegro e Raul Gazolla. Internacionais, Richard Gere e Reese Witherspoon.

I - Sua música e cantor?
R - “Pais e filhos”, Renato Russo.

I - Uma personalidade admirável!
R - Meu pai.

I - Livro de cabeceira!
R - “Cem anos de solidão”.

I - Escritor(es)?
R - Gabriel García Márquez.

I - Cor e perfume?
R - Azul turquesa, Ange ou Démon da Givenchy..

I - O seu destino turístico!
R - Cuba..

I - Uma mania e um hobby!
R - Quando viajo de avião, só sento nas poltronas do corredor. Fazendo cinema, não tenho tempo para "hobby" nenhum.

I - Comida predileta?

R - Saladas.
.
I - A palavra mais bela e a mais feia da língua portuguesa?

R - Gosto do som da palavra “fofinha/o”. Não gosto de palavras como “esculacho”, “cambalacho”, etc.

I - Frase máxima!
R - A vida é bela!

I - Filosofia de vida?
R - Viver e deixar viver.

I - Uma mensagem aos seus admiradores!
R - Obrigada... Espero merecer.


.




Fotos: RODRIGO MOLINA e ARQUIVO PESSOAL RB.


(Clique nas fotos, para ampliá-las)


MAIS SOBRE ROSARIO BOYER...













2 Comentários:

Postar um comentário

<< Home