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domingo, 4 de janeiro de 2009

E Aí?...

E aí que o ator, amante das artes marciais,
revela-se alguém comum, mas de sonho grandioso

O curta-metragem E Aí?, de Bill Labonia e Ricardo Ayade, a estrear neste ano nos grandes festivais dentro e fora do Brasil, é o novo trabalho de ALEXANDRE MANDARINO. Na produção, em cujo elenco também estão Fábio Bianchini e Maurício Mattar, o ator dá vida ao bandido Neto, e o convite para este protagonista partiu do ator e autor Ricardo Ayade no 1o. semestre de 2008.
Nesta ENTREVISTA ESPECIAL, Alexandre contou-nos, bem-humorado, um pouco de sua vida e profissão.

Quem é, mesmo, Alexandre Mandarino?
Um cara comum, com um sonho extraordinário.

E o Neto?

Ah... (Risos gostosos.) Esse cara não é tão comum. É um bandido, parte de uma gangue. De classe média, que, por circunstâncias da vida, se mete no mundo do crime.

O que é o curta “E Aí?”?
Um curta de ação no melhor estilo ‘vendetta’. É a história de Neto (Alexandre Mandarino), assassino profissional, um “hitman”, que tenta salvar o seu irmão das mãos de Márcio (Maurício Mattar), chefe da gangue, e Tony (Ricardo Ayade), braço direito de Márcio. Porém, Tony oferece uma proposta a Neto, uma chance de salvar seu irmão de Márcio. E assim a história se desenrola... Não irei contar como acaba. (Risos.)

Vaidoso?

Não muito. Tento manter o corpo em forma, mas não tenho uma dieta tão saudável quanto deveria.

Atual paixão?
Cinema e direção!

Uma atuação marcante!
Acho que a primeira vez que atuei em um espetáculo. Chamava-se “Um Demorado Adeus”, do Tennessee Willians. Meu personagem chamava-se Joe, e o mesmo na trama se encontrava indo embora de um antigo apartamento e se despedindo da vida que levava. Engraçado, porque não foi das melhores atuações, na verdade só me mostrou que preciso estudar muito ainda, muito mesmo! (Risos.) Como é de praxe, aliás, pra quem quer atuar profissionalmente no teatro. Mas foi incrível pisar num palco e apresentar um trabalho completo pela primeira vez.

Melhor livro que já leu?
“Quando Nietzche Chorou”, do Irvim Yalom. Confesso que não leio tantos livros, apesar de ler muitos artigos e trabalhos “soltos”. Agora, se me perguntar quantos filmes já vi... (Risos.) Sou cinéfilo.

Melhor novela à qual já assistiu?

Bom, não vejo uma novela completa já tem uns anos, mas acho que foi “Quatro por Quatro”. Adorava o personagem Raí, era muito engraçado!

Ator e atriz?
Internacional, Clint Eastwood, pelo conjunto da obra: não só como ator, mas como diretor também. Nacional, acho o Tony Ramos um ator muito versátil, e essa, pra mim, é a maior qualidade do ator. Não tenho uma atriz favorita, ou alguém que tenha marcado pelo trabalho individualmente.

Com quem gostaria de contracenar?

Com o Clint. (Risos.)

Que personagem você gostaria de interpretar?
Gosto de personagens que carregam uma sina, têm uma penitência a cumprir, sua redenção. Gostaria de fazer algo como o Nascimento, no “Tropa de Elite”.

Se não fosse ator?
Seria diretor. E pretendo, também. Fora isso, um super-herói, só faltam os superpoderes... (Risos.)

Filme e escritor?
Não tenho um escritor predileto, mas filme, sim: “The Good, The Bad and The Ugly”, do Sérgio Leone. Na verdade, são tantos, que poderia, daqui a cinco minutos, citar outro filme predileto. Algo do John Ford, ou Godard.

Trilha sonora?
Nossa! Outro ponto que amo! Gosto de trilhas marcantes, como as de “Superman”, por exemplo. Há dois gênios das trilhas sonoras de cinema, pra mim: Ennio Morricone e John Williams. Pra quem não sabe, esses dois caras são tão importantes para o cinema quanto diretores como o Spielberg ou o Coppola. As trilhas que eles criaram são de uma beleza digna dos gênios de ambos.

Prato predileto?
Culinária japonesa, mas esse campo é vasto pra mim! (Risos.)

Mania e hobby?
Mania, chegar em casa e entrar na Internet. Hobby, artes marciais, em especial a que pratico e dou aulas: Tae Kwon Do. É, acima de tudo, uma filosofia de vida que levo já há 17 anos.

Ser ator é...?
É suor, sangue e lágrimas, “quase” literalmente! Uma profissão dura, linda, que não tem nada a ver com o que nos vendem pela TV. Árdua, que exige anos de trabalho e aprendizado. Opinião pessoal: o ator já acorda criando, trabalhando. Não é nada da moleza que parece ser pela TV. O verdadeiro trabalho do ator está longe das celebridades instantâneas, criadas pela mídia. Muitos até dizem serem atores também. Bam!... É errado!

Amigos representam...?
Um importante pilar. Seguraram boas barras, já! (Risos.) Tenho poucos, mas grandes amigos!

Uma mensagem aos fãs e admiradores!
Espero ainda realizar grandes trabalhos e fazer o que sempre me propus como ator, como objetivo dentro da profissão. Entreter, emocionar e – se e quando possível – fazer o público refletir. Um grande abraço a todos!



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